Escrever sobre si é muito complexo.
O que devo expor e o que devo esconder?
Devo falar sobre o quanto eu amo música? O quanto essa arte me move e o quanto eu gosto de apreciar histórias envolvidas num ritmo?
Não sei.
Então devo falar sobre o quão importante é a espiritualidade para mim? O quanto eu acredito que a fé nos move, por mais pessoal e única que ela seja?
Não sei.
Deveria falar sobre meus pensamentos então? Mas como, se eu penso tanto?
Penso, penso e ainda sim, acredito que eu não consiga expressar em palavras o que se passa na minha cabeça. (Mas não é isso que estou fazendo, agora?)
Não sei.
Ah... e ainda tem a gramática, no momento em que me ponho a escrever me sinto tão insegura, que a mais singela palavra se torna confusa. Estou fazendo isso certo?
Não sei.
Minha vida é movida por incertezas, e eu não tenho a resposta de quase nada, mas li em algum lugar (ou escutei) que somos eternos aprendizes da vida. E pessoalmente eu acho isso lindo.
Sou um individuo único que é movido por instintos coletivos.
É incrível pensar que mesmo sendo tão diferente do meu próximo, nós estamos conectados de alguma forma misteriosa.
Se todo mundo se sente assim? (adivinha)
Não sei!
Enfim.
Sigo por aí, fazendo questionamentos internos e externos sobre tudo e todos.
É o meu ciclo.
